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FAQs

Esclarecemos todas
as suas questões

Os problemas de saúde mental envolvem mudanças nos pensamentos, emoções e/ou comportamentos que produzem angústia e que impactam de forma negativa o funcionamento da pessoa nas suas atividades diárias. Podem afetar o trabalho, a escola, as relações sociais, as relações familiares e o bem-estar pessoal.

Os problemas de saúde mental são bastante comuns, estimando-se que quase um em cada cinco portugueses terão um destes problemas ao longo da sua vida, de acordo com dados da Direção Geral de Saúde.

Muitas pessoas são afetadas por problemas de saúde mental e não procuram ajuda, existindo ainda um grande estigma associado à doença mental. É importante sublinhar que a procura de apoio profissional não é sinal de fraqueza, antes pelo contrário! Não tem de ter vergonha ou receio em recorrer a cuidados de saúde mental! O apoio especializado permitirá prestar o tratamento adequado e atempado, com vista à sua melhoria/recuperação.

É importante referir que um psiquiatra é um médico que se especializou na prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas mentais, emocionais ou comportamentais. Ao contrário do psiquiatra, o psicólogo não é médico, como tal, não pode prescrever medicação, quando necessária.  O psiquiatra, por sua vez, pode medicar, propor e realizar psicoterapia. 

O médico psiquiatra está apto a reconhecer as várias manifestações das doenças mentais, a fazer o diagnóstico diferencial entre elas, distinguindo causas físicas e psicológicas das várias perturbações, a requisitar exames complementares de diagnóstico, a estabelecer o plano terapêutico e a prescrever, caso se considere pertinente, medicação.

Quer o psiquiatra quer o neurologista são médicos, mas com especializações distintas. Ambas as especialidades da medicina têm como foco o sistema nervoso humano. Contudo, enquanto a Neurologia trata doenças em que são identificadas lesões do sistema nervoso central e periférico, como as doenças vasculares cerebrais, as doenças neuromusculares, as doenças desmielinizantes, a epilepsia, entre outras; a Psiquiatria aborda doenças emocionais e comportamentais, em que não há lesões estruturais identificadas, como a depressão, a ansiedade, entre outras. 

De referir também que o psiquiatra tem um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças orgânicas cuja apresentação clínica é psiquiátrica; de doenças funcionais cuja apresentação se assemelha a uma perturbação neurológica e em casos de sobreposição de perturbações psiquiátricas e neurológicas. O papel do psiquiatra é também importante nos casos em que existem fatores psicológicos que potenciam o agravamento ou a manutenção de sintomas neurológicos.

Atualmente, existem vários fármacos disponíveis, com mecanismos de ação distintos e com uma menor incidência de efeitos adversos, que permitem que o doente que os faz mantenha uma vida ativa nas suas várias dimensões. Embora a medicação não seja a única solução de tratamento, é bastante importante e eficaz em várias perturbações mentais.

Há vários mitos em relação à medicação prescrita pelo psiquiatra. Vale a pena salientar, desde logo, que tais medicamentos não são para pessoas “fracas”, não “retiram a inteligência” e que, quando controlados devidamente pelo médico, não criam dependência. 

Tal como muitos medicamentos, também os psicofármacos podem ter efeitos secundários. É importante discutir sempre com o médico esta questão, de forma a reduzir os efeitos secundários, ajustando a dose ou prescrevendo um medicamento diferente. Por vezes, é difícil identificar se um sintoma desagradável se deve à doença ou se aos medicamentos que está a tomar para a controlar.

Dra. Raquel Serrano a escrever